Flavio-Shiró com brinquedo no Japão (1930)
São Paulo (1952)
Flavio-Shiró com Beatrice
ANOS 1930
Emigra com a família para o Brasil em 1932, crescendo em Tomé Açu, na floresta amazônica. Em 1939, em busca de melhores condições de vida e de educação para os filhos, a família se muda para São Paulo.
ANOS 1940
Primeira pintura em 1942, enquanto estuda na Escola Profissional Getulio Vargas.
Começa a trabalhar aos 15 anos, pintando cerâmicas, e depois na Metro Goldwyn Mayer, em cartazes para cinemas. Freqüenta o Grupo Santa Helena, um grupo de pintores modernos de classe operària, e torna-se membro do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo. Muda-se para o Rio de Janeiro, trabalhando numa molduraria. Participa de exposições coletivas, ganhando reconhecimento e vários prêmios. Assina Shiro Tanaka ou F.S. Tanaka.
ANOS 1950
Primeira exposição individual em 1950, no Rio de Janeiro. Expõe obras na primeira Bienal de São Paulo. Naturaliza-se brasileiro.
Chega em Paris em 1953. Estuda técnicas de mosaico com Gino Severini, de gravura e litografia na Ecole Nationale des Beaux Arts; copia mestres antigos no Louvre. Exposições individuais e coletivas em Paris, na Europa e no Brasil. Casa e tem dois filhos. Volta para o Brasil em 1959, vivendo em Salvador, Bahia.
ANOS 1960
Volta para Paris e começa a assinar Flavio-Shiró. Prêmio de pintura na segunda Bienal de Paris. Exposições individuais e coletivas – entre estas Guggenheim International em 1960 – na Europa, América Latina e Estados Unidos, com pinturas sugerindo monstros e maquinas miticas. Viaja pela Europa, o Oriente Médio, Américas e a Ásia. Fotografa Maio de 1968 em Paris. Realiza serie de fotografias experimentais.
ANOS 1970
O desenho reaparece em grandes pinturas, em técnica mista e fusain, aludindo a rostos imaginários, seguidos pela reinvenção do corpo. Expõe no Brasil, na França, Espanha, Itália, Alemanha, no Reino Unido e nos Estados Unidos.
ANOS 1980
Compra e restaura uma casa no Rio de Janeiro e começa a residir entre o Rio de Janeiro e Paris. Prêmio Panorama da Arte Brasileira e Prêmio Itamaraty na Bienal de São Paulo de 1989. Expõe, muitas vezes com artistas latino-americanos, no Brasil, no Japão, em Cuba, na França e na Itália. Encontra Matta, que lhe diz que "O que é obvio não me interessa mais. A sua pintura, habitada por seres estranhos e indefinidos, me atrai… Pintura assim impregnada de poesia é rara, hoje em dia.".
ANOS 1990
Ganha o Prêmio Eco-Arte na Conferência Mundial do Meio Ambiente de 1992 no Rio de Janeiro, e o Prêmio da Exposição Internacional Japão-Brasil. Grandes retrospectivas mostrando cinqüenta anos de pintura no Museu Hara de Arte Contemporânea de Tóquio, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e no Museu de Arte de São Paulo (MASP). Exposição individual no novo Museu de Arte Contemporânea de Niterói. Mostra monotipias na exposição de gravuras Daumier, Chagall, Derain, Miro, Flavio-Shiró no Rio de Janeiro.
ANOS 2000
Retrospectivas importantes com a exposição "Flavio-Shiró, pintor de três mundos: uma trajetória de 65 anos” no Instituto Tomie Ohtake de São Paulo, na Casa das Onze Janelas de Belém e no Centro Cultural Correios no Rio de Janeiro. Exposições na Pinakotheke do Rio de Janeiro e São Paulo. Em 2019, recebe Condecoração da Ordem do Sol Nascente do Japão, Homenagem da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) e o Prêmio Diploma Quirino Campofiorito do Museu Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro.
Continua ativo, chegando a 80 anos de pintura.